Em nosso Mosteiro,
o Soar do Gongo era a chamada ao Caminho da Disciplina.
Essa disciplina rígida era o andaime para a construção de nossa disciplina interna.
Era a Chamada da Alma, como muitos de nós a designavam!
Era o clamor da fortaleza, à entrega às obrigações mais simples do dia,
para que nossos sentidos físicos se desligassem dos “desvios"
que a mente se comprazia em nos levar.
O percorrer o Mosteiro enquadrava-se na disciplina a ser feita.
Cada recanto nos levava a mentalizar o que aquela pequena parte do local nos dizia.
As cercanias do Mosteiro também eram percorridas.
O Trajeto ao Lago, o Canto do Pássaro, a Mensagem da Árvore,
tudo nos fornecia uma lição para o dia.
Após o percurso individual, retornávamos serenos, com novos aprendizados.
As paredes duras e concretas de um recinto
nos faziam crer na dureza de corações frios, empedernidos, sem alma,
enquanto o abrir-se da flor e o cantar ora triste, ora alegre de um pássaro,
nos conduzia ao mais profundo do nosso Ser, na lembrança do doar-se.
Eram Almas, essências se expondo.
Esses Elementos da Natureza eram os que mais nos deixavam a refletir,
e nos faziam pensar em novas maneiras de nos conduzir.
A simplicidade do voar de uma borboleta,
em contraste com o altivo galgar alturas da águia.
E as emoções se alternavam. Nossas vivências vos passamos,
mas a Vida Consecutiva, é a Única Escola Iniciática Verdadeira.
O Monge Lao
Psicografia: Maju
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